"Sei o que vão dizer: a burocracia, o trânsito, os salários, a polícia, as injustiças, a corrupção e o governo não nos deixam ser delicados. - E eu não sei? Mas de novo vos digo: sejamos delicados. E, se necessário for, cruelmente delicados." Afonso Romano de Sant'Anna

"... acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética afetuosa e participante." Cecília Meireles

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

BH vai proteger suas árvores


FCS disponibiliza guia turístico da Prefeitura de Belo Horizonte em braille

Já está disponível para consultas no Centro de Convivência, Informação e Memória João Etienne Filho da Fundação Clóvis Salgado o guia turístico de Belo Horizonte em braille. Alunos da instituição, visitantes e frequentadores da Biblioteca podem conhecer o guia, lançado pela Belotur, Empresa Municipal de Turismo da Prefeitura de Belo Horizonte. A publicação, pioneira no Brasil, é a primeira ação do projeto BH com outros olhos, que tem por objetivo garantir o maior acesso às informações dos principais atrativos turísticos da cidade aos portadores de deficiência visual. Os exemplares também encontram-se à disposição da comunidade para consulta nos Postos de Informação Turística da Belotur.
O Centro de Convivência, Informação e Memória João Etienne Filho da Fundação Clóvis Salgado é formado pela Biblioteca, Musicoteca e Sala de Vídeo. Surgiu em 1974, como Centro de Documentação Áudio Visual - CIDA, seu objetivo inicial era selecionar e organizar todos os assuntos relacionados com a fundação, registrando sua memória.
Além da guarda de documentos o CIDA também atuava na promoção de eventos como seminários, cursos, debates, entrevistas com artistas que passaram pela casa e palestras com temáticas ligadas a cultura.
Contato: (31) 3236 7390

Acesso livre à net

Belo Horizonte conta com 15 pontos de acesso livre à internet

Dentro da proposta de ser a primeira capital do país a ter 100% de sua extensão coberta por uma rede de internet sem fio, Belo Horizonte já conta hoje com 15 Hotspots (pontos de acesso livre à internet). A ativação de novos Hotspots faz parte da política de expansão do programa de inclusão digital da Prefeitura - BH Digital. A expectativa é chegar a 18 pontos até o final deste ano e 50 pontos até 2012, facilitando, assim, o acesso à internet em prédios públicos, praças e aglomerados.

Atualmente, estão em funcionamento os Hotspots das praças da Liberdade, da Estação, da Assembléia e Sete, dos parques Municipal, Ecológico da Pampulha e das Mangabeiras, além da Rodoviária, dos prédios da Prefeitura e da Prodabel e das vilas Cafezal e Papagaio, Centro de Referência Audiovisual (Crav), Arquivo Público de BH e Palácio da Artes.

Como usar o Hotspot

Nos Hotspots, o cidadão que possuir um notebook ou um computador de mão, com placa de rede sem fio, ou com celular WiFi, pode acessar a Internet gratuitamente e navegar por tempo indeterminado no site da Prefeitura e por tempo limitado a duas horas diárias em outras páginas.

Para isso, o cidadão deve preencher um cadastro, que pode ser feito por meio de um procedimento simples e rápido. Ao acessar o Hotspot, o cadastro é exibido automaticamente, bastando informar o nome de usuário e senha.

VI Encontro da arte de ler e contar histórias

Concurso Contadores de Histórias Julia Gabrieli - 2010
10 edições dos contadores de histórias 

Divulgação - Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
Programação BPIJBH –Setembro/2010

Exposição: O fio da história

Exposição compostas por trinta pinturas utilizando técnicas mistas que falam de pessoas, lugares, natureza e mitos. A figura central é a avó, que vai tecendo crochê e tramando histórias, traduzindo memórias com fantasia, enlaçando um fio que une duas pontas, duas gerações num só tempo.

Curadoria: Silvia Torvo (artista plástica e contadora de histórias).
Responsável: Isabel Correa de Sá (artista plástica)
Período: 08 /09 a 30 /09, de segunda a sexta, das 09h às 17h30 e dias 18 e 19, sábado e domingo, das 09h30 às 12h15.


Cursos e Oficinas:

Arte no Ateliê (2º encontro )

Inspirados no livro “Almanaque de Ruth Rocha” (SP: Ed. Ática)

Responsável: Isabel Rodrigues (Arte-educadora)

Dia: 21, terça, às 09h30 e 23, quinta, às 14h30

Público: jovens e adultos.

Vagas: 12


Origami com Chá

Encontro para troca de experiências, conhecimento e aprendizagem. Se você gosta de origami, venha tomar um chá conosco!

Dia: 18, sábado, das 10h às 12h.

Público: crianças a partir de 09 anos, jovens e adultos.

Responsável: Norberto Akio Kawakami (Grupo Origami Beagá).

Material: papel para dobradura de cores variadas.


Literatura


Roda de Leitura

Apresentação de contos da tradição oral e da literatura brasileira.

Dia: 22, quarta, às 09h30

Leitoras: Ieda Machado, Ana Regina Schimidt, Lourdinha Viana

Público: crianças a partir de 05 anos e jovens (60 vagas)

Responsável: Fernanda Maziero (arte- educadora) e Reni Tiago (Bibliotecária)


Baú de histórias

Narração de histórias tradicionais dos contos de fadas, (Branca de Neve, João e Maria, Rapunzel, Cachinhos de Ouro e a Bela Adormecida).

Dia: 21 às 14h contadoras: (Lourdinha Romanelli, Cristina Labarreie, Marília Valle e Maria Teresa Andrade).

Dia: 23 às 09h30 contadoras: (Balbina de Oliveira, Maria Lúcia Miranda e Îeda Machado


Mesa redonda: Literatura Afro-brasileira

A leitura afro-brasileira enquanto objeto de discussão no conjunto de práticas culturais.

• Contos afro-brasileiros de autoria feminina. Fernanda Carvalho (UFMG/NEIA)

• Escrevivências: Rastros biográficos em “Becos da memória” de Conceição Evaristo. Luiz Henrique de Oliveira (PBH/FMC – UFMG/NEIA)

• Machado de Assis: Crítico de imprensa. Marcos Fabrício Lopes (UFMG/NEIA)

• Machado de Assis: Polêmicas em torno de sua escritura. Elizangêla Aparecida Lopes (UFMG/NEIA)

Dia: 20, segunda-feira, das 09h às 12h


Leitura em voz alta

Palestra sobre a importância da leitura em voz alta.

Dia: 27, segunda-feira, das 14h às 16h30

Responsável: Suzana Vargas. (Escritora, Mestre em Teoria literária, Coordenadora das rodas de leitura no Rio de Janeiro).


Narrar para pensar a vida

Palestra sobre a importância de narrar histórias como ação de incentivo a leitura.

Dia: 28, terça-feira, das 14h às 16h30

Responsável: Heloisa Prieto (Escritora, Doutora pela UFSC, Mestre em Semiótica, pesquisadora no processo de criação literária)


Pontos para tecer histórias

Curso para iniciantes na arte de contar histórias.

Dias: 14 e 15, das 09h às 12h e das 14h às 16h30

Vagas: 25

Inscrições: No ato da inscrição é necessário entregar uma carta de intenção expondo os motivos pelos quais tem interesse em participar do curso.

Responsável: Cléo Busatto (Escritora e pesquisadora oral de histórias, Mestre em Teoria Literária)


Quem conta um ponto...

Roda de conversa sobre a arte de ler e contar histórias.

Dia: 16, quinta-feira, de 09h às 11h

Vagas: 50

Público: Mediadores de leitura, Bibliotecários, Contadores de histórias e interessados

Inscrições: na biblioteca ou por telefone (3277-8658 ou 3277-8651)


Reunião de Contadores

Encontro de contadores e leitores de histórias. Aberto a novos participantes interessados na arte de ler e contar histórias.

Dias: 17 e 24, sexta-feira, às 10h.

Responsável: Reni Tiago (bibliotecária e especialista em Literatura) e Fernanda Maziero (arte– educadora).


Era Uma Vez... no domingo

Espetáculo de narração do livro: O maluco do céu, de Anna Göbel da Editora Autêntica

Adaptação de uma lenda Caribenha;

Dia: 19, domingo, às 10h30

Público: Livre

Responsável: escritora Anna Göbel


Extensão Cultural

Era uma vez...no hospital: Ciranda de histórias

Leitura e narração de histórias e atividades de arte-educação com crianças, no setor de Pediatria do Hospital Santa Casa de Misericórdia.

Dia: 24, sexta-feira, às 15h

Contadora: Beatriz Myhrra

Responsáveis: Isabel Correa de Sá (Artista Plástica), Isabel Rodrigues (arte- educadora)


12º CONCURSO DA ARTE DE LER E CONTAR HISTÓRIAS (participantes maiores de 18 anos)

Concurso para iniciantes na arte de ler e contar histórias para crianças e jovens.

Inscrições: 17/08 a 30/09/2010 ( consultar DOM – Diário Oficial do Município de Belo Horizonte)


A Biblioteca está localizada na Rua Carangola, 288 – Térreo – Bairro Santo Antônio – bpijbh@pbh.gov.br – Tel.:3277-8651


Horário de funcionamento: 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h30. Dias 18 e 19, sábado e domingo, das 9h30 às 12h15


Ônibus: 5102 e 9103

Sarau de poesias: 10 anos

30/09/2010 - Sarau de Poesias : 10 anos

SARAU DE POESIAS: 10 ANOS
Dando continuidade às comemorações líricas e apaixonadas dos 10 ANOS DO SARAU DE POESIAS DO CENTRO DE CULTURA LAGOA DO NADO, o tema deste mês será Poesia e Loucura.
O poeta Ricardo Evangelista fará leitura da obra de Paulo Leminski. Participação especial: Usuários Centro de Convivência e Saúde Mental Pampulha.
Escolas interessadas em participar podem agendar por e-mail: ccln@pbh.gov.br ou pelos telefones 3277 7420 e 3277 6746
Dia: 30 / 09 - Quinta às 19h – Teatro de bolso
Endereço: Rua Desembargador Lincoln Prates, 240 - Bairro Itapoã

Local: Centro de Cultura Lagoa do Nado

Narrar para pensar a vida

28/09/2010 - Narrar para pensar a vida
A importância de narrar histórias como ação de incentivo à leitura. Paralelos entre as diferentes tradições narrativas e a trama mítica que enreda a vida de cada um.

Com Heloísa Prieto. Escritora, autora de livros teóricos e literários.

Público: adultos.
Vagas: 50.
Horário: das 14h às 16h30
Endereço: Rua Carangola, 288. Bairro Santo Antônio.
Local: Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de BH

Universidade e sociedade

02/08/2010

Universidade e sociedade

“Mas o berço não é a vida. Alguns gostariam que ficássemos sempre no berço.”
B. Spaventa

Por Ari de Oliveira Zenha

Ao se colocar o problema da universidade no contexto social da sociedade capitalista, temos que levar em consideração não só seu aspecto como instituição da superestrutura do sistema capitalista, mas também como esta universidade se insere no processo de produção, acumulação e reprodução do capital.

O processo de ensino, do conhecimento não se restringe à universidade e nem se encerra nela.

O conhecimento como parte da formação cultural de uma nação, de um povo, lato sensu, não deve ser entendido simplesmente como uma forma de uma necessidade técnica, esta concebida como um aparato de “conhecimentos” necessários e destinados às classes dominantes e seu aparato político, ideológico e produtivo. A discussão que se deve realizar é que tipo de cultura, de orientação humanística, de concepção de mundo, de criação de maturidade e capacidade intelectual que queremos ter ao inserir a universidade como elemento do processo de conhecimento, de criatividade e capacitação intelectual, moral, ética e crítica dentro da sociedade civil.
Normalmente ao se discutir a questão da universidade tem-se perdido entre os meandros de um ideologismo ingênuo e muitas vezes inconseqüente, nos quais questões fundamentais do processo do conhecimento e sua absorção pelo homem são relegadas a um segundo plano.

A divisão social do trabalho imposta pelo sistema capitalista enfrenta não só na sua estrutura produtiva como também na sua superestrutura – e é aí que se insere a questão mais profunda e ampla do conhecimento – sua apropriação, sua reprodução e tipo de orientação que se dá. É esta orientação, é esta capacitação do conhecimento que deve estar posta em estudo.

Isso não quer dizer que os aspectos ideológicos, políticos e econômicos da sociedade de classe não devam ser considerados, pois são fundamentais não só na formação do conhecimento, como interferem profundamente na concepção de homem que se quer formar dentro de uma idéia ampla, transformadora e crítica de orientação humanística da cultura em geral.

A autonomia universitária, a “grade” curricular, a formação pré-universtária é que podem possibilitar a capacitação e condição de aprimoramento e ampliação intelectual para se galgar os degraus do conhecimento. O problema fundamental do ensino público gratuito e de qualidade (qualidade no sentido cultural e não técnico-instrumental) deve ser posto em discussão dentro da estrutura da sociedade civil e não “reformas” de cima para baixo onde não se envolve toda esta sociedade e vem como forma de adequar o conhecimento às necessidades imperiosas do pensamento conservador liberal, neoliberal do capitalismo. Tornar o ensino e o conhecimento (de qualidade) direito de acesso a todos sem distinção de raça, origem social e credo religioso, é dever do Estado. Delegar este ao setor privado é, no mínimo, se eximir de uma responsabilidade democrática, estabelecendo deveres e obrigações do Estado a serviço acintosamente, de forma hipócrita e cínica ao capital, colocando de forma explícita para toda a sociedade civil que o Estado está sim, despudoradamente, a serviço das classes dominantes.

A reforma universitária deve estar sob a hegemonia da sociedade civil, e não limitada a setores privilegiados desta, e nem mesmo restrita à sua superestrutura.

Portanto, o que está em questão e estudo é o conhecimento, sua apropriação, seus aspectos, suas características e sua disseminação na sociedade.

O conhecimento e sua evolução como forma de apropriação histórica da cultura da civilização, da superação do pensamento em termos do senso comum, elevando o sentido e a finalidade da vida do ser humano é obrigação de todos aqueles comprometidos com a transformação social.

Ari de Oliveira Zenha é economista.

UFMG inaugura campus especializado em cultura, em Tiradentes


Com apoio da Fundep, UFMG inaugura campus especializado em cultura.
Em Tiradentes, iniciativa oferece ao público um espaço privilegiado para o resgate e preservação de importantes aspectos da cultura mineira. Projeto é coordenado pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade e gerenciado pela Fundep.
No dia 16 de março, a UFMG inaugurou seu campus especializado em cultura, em Tiradentes. Coordenado pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade e gerenciado pela Fundep, o projeto visa criar, no interior do Estado, um espaço privilegiado para o resgate e preservação de importantes aspectos da cultura mineira.

As obras ampliaram o centro de estudos e galeria Miguel Lins e estão restaurando o Museu Casa do Inconfidente Padre Toledo. Ainda será aberto ao público o Centro de Pesquisa e Experimentação em Sistemas Multimodais - núcleo avançado de estudo e produção de novas mídias - e o Museu de Santanas, que será construído no edifício da antiga cadeia pública, numa parceria com o Instituto Cultural Flávio Gutierrez.

Os imóveis utilizados são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Eles fazem parte do patrimônio da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, que pertence a Universidade.

Campus
A ideia do campus avançado é promover o conhecimento científico na área da cultura e contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias no município e em seu entorno, movimentando a economia local.

De acordo com o Pró-Reitor de Extensão da UFMG, João Antônio de Paula, o espaço em Tiradentes tem localização privilegiada, abrigando um extraordinário patrimônio cultural e natural. "Com o Campus, iremos integrar Tiradentes às atividades de cultura e extensão da UFMG", explica.

O Gerente de Projetos Especiais (GPE) da Fundep, Antonio Faraci, conta que os computadores do campus já estão interligados aos laboratórios da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), com conexão via Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ). "Será possível agregar conhecimento e, futuramente, com a movimentação de alunos, pesquisadores e professores, formar recursos humanos qualificados nas diversas áreas da atividade cultural", afirma.
ObrasEm Tiradentes, a Casa Padre Toledo ficará fechada por um ano em virtude das reformas para abrigar o Museu Casa do Inconfidente Padre Toledo. As obras serão coordenadas por um grupo do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, da Escola de Belas-Artes da UFMG. A biblioteca da Casa da Cultura também será ampliada para receber alunos, professores e visitantes do mundo inteiro com interesse no século XVIII.

A Rede Globo ataca novamente

03/08/2010

A Rede Globo ataca novamente

Por Terezinha Vicente

Reportagem anunciada como a “grande” da noite, fechando o programa deste domingo, dia 1° de agosto. Aparentemente uma ótima reportagem, onde repórteres se fizeram passar por um casal “grávido”, em busca de abortar um feto de quatro semanas. Quem não viu, pode ler o texto da matéria, ou ver o vídeo do programa no link.
Os fatos ocorridos com as mulheres são reais, a existência de tais clínicas, sabemos até de histórias piores que acontecem por aí. Mas por que eles não mostraram nenhuma clínica de “madame”, aquelas na zona sul do Rio de Janeiro ou nos bairros da burguesia de São Paulo? Quantos médicos particulares de senhoras abastadas não resolvem eles mesmos os problemas delas e de suas jovens filhas, sem que ninguém saiba?? Porque é a serviço da hipocrisia que o capital aprimora, e a humanidade valoriza, a desigualdade social, que faz serem bem poucos os detentores de direitos, subtraídos à maioria.

Ora, o aborto espontâneo já foi coisa muito mais comum, e o aborto provocado existe desde que a mulher entendeu como ficava grávida e como nascem os bebês. Os mais diversos chás e preparados, a perfuração da bolsa, a bombinha para injetar água com algum produto e “lavar” o colo do útero, são métodos seculares utilizados pelas mulheres. E a grande maioria era de mulheres casadas, que não podiam ou não queriam ter mais filhos; muitas incentivadas pelos maridos, mas sempre com a ajuda de mulheres amigas.

Afinal, os homens querem controlar os corpos das mulheres e mandar neles e em sua prole, e para isso criaram Estados, legislações e fundamentalismos. Inventaram as bases para justificar guerras, escravidão, propriedade privada. Mas a solução para os problemas mais importantes da vida, as questões relacionadas de verdade com a qualidade da vida e sua reprodução, saúde, filhos, sempre foram encargos das mulheres. A visão feminista, a Globo nunca vai divulgar.

Esconderam a linha editorial

É preciso ver o programa inteiro, pois o texto que circula está incompleto e esconde a apresentação e fechamento da reportagem, lidos pelos apresentadores – Zeca Camargo e Patrícia Poeta -, onde fica clara o eixo real da edição. “Você vai ver porque o aborto realizado CONTRA A LEI é um grave problema de saúde pública”, anuncia Zeca. “Reportagem especial mostra que mais de 5 milhões de mulheres já fizeram aborto pelo menos uma vez”, anuncia a apresentadora, “e muitas vezes TEM QUE SER SOCORRIDAS em hospitais públicos, por causa de procedimentos mal feitos”.
“Clínicas CLANDESTINAS mal aparelhadas funcionam abertamente em várias cidades do país”, nos “conta” o apresentador. “Numa delas flagramos POLICIAIS MILITARES, FARDADOS, trabalhando de seguranças!!” Com métodos jornalísticos considerados escusos em outros assuntos, o “casal” de repórteres obtem toda a explicação do médico de como funciona o processo. Ah! Como seria bom se toda mulher que está desesperada com uma gravidez, e decidisse recorrer ao aborto, tivesse tanta atenção no atendimento!

A pouca abrangência da matéria, selecionando as clínicas e as cidades apresentadas, revela o alto gráu de hipocrisia da maior rede de televisão brasileira. A recepcionista/enfermeira é tratada com ironia na matéria, por explicar “como se fosse médica”, apesar dela dizer que acompanha as cirurgias. Será que a Globo não desconfia que as mulheres sempre se socorreram, que historicamente as mulheres só contam com a solidariedade de outras mulheres?

Por que escolheram Belém, a capital do Pará, e a Clínica Cemego para a matéria? A quem eles querem prejudicar mostrando PMs fazendo um bico de segurança, coisa que é altamente comum em todo o tipo de comércio e até residências, em várias cidades brasileiras? Por que estiveram também no Rio de Janeiro, mas numa clínica do bairro de Bonsucesso!! Por que não “descobriram” algum consultório ou hospital no Leblon, Ipanema, Botafogo??!!! Por que não investigaram como esses locais – necessários para as mulheres - sobrevivem fora da lei?

Ao mesmo tempo que denunciam, escolhem clínicas que cobram preços mais populares, embora o custo no Rio de Janeiro seja o dobro do de Belém (800/400) para o procedimento clínico mais simples de fazer um aborto. Sabemos que esse custo costuma ser pelo menos quatro vezes mais, em clínicas sofisticadas e mais seguras. Na verdade, a matéria colocou essas clínicas e profissionais na mira da legislação atrasada que temos, mas protegeu as clínicas mais caras, que só atendem as filhas dos mais ricos.
Culpabilização e ameaças pela mídia privatizada

O link com a morte por abortamento é feito com a história de uma jovem de Fortaleza que teve os órgãos perfurados. As ameaças e os riscos que correm as mulheres nas clínicas inseguras, sempre em bairros populares, são fartamente exibidos, assim como as salas cheias de grávidas à espera, seja em Belém, Rio ou Salvador. Na Santa Casa de Misericórdia de Belém a reportagem obtem dado, semelhante ao de outras capitais: só naquele hospital, 300 pacientes são atendidas por mês por decorrência de aborto, algumas com muita hemorragia, depois de viajar pelos rios por muitas horas; muitas morrem, informam.

Para nós, o alto índice de mortes de mulheres devido a gravidez indesejada é tão preocupante quanto o da violência contra a mulher. São dois lados da mesma moeda. Mas a Rede Globo nunca quer ouvir o outro lado. O Fantástico ironizou os médicos, mas principalmente as atendentes, pelo clima amistoso e afável com que recebem as pacientes. Ao se referir de maneira cínica ao tratamento carinhoso que a sua produtora – fantasiada de jornalista e fingindo-se de grávida – recebeu da ajudante do médico no Rio, os editores da matéria global mostram o desconhecimento de como isso é fundamental para a mulher naquele momento!!!

Punição às mulheres, punição à desobediência da lei, pede a Globo quando não ouve outros lados. Na matéria, as ameaças começam na entrevista com representante do Conselho Federal de Medicina. O famoso remédio “Citotec”, o abortivo mais utilizado e facilmente encontrável “clandestinamente” até pela internet, também é alvo de investigação da Globo. Por meio dos camelôs de Belém e de Salvador! Nós vimos o que deu a matéria sobre a clínica em Mato Grosso do Sul!

Misto de ameaças pelo medo e pela culpabilização, a matéria do Fantástico provavelmente já se tornou outro iniciador de mais criminalização das mulheres e dos profissionais das clínicas que as socorrem em momento tão difícil. Em seu finalzinho, a matéria fornece dados de recentes pesquisas realizadas por universidades, que apenas confirmam os números que estamos cansadas de divulgar e também que “não há nada de particular nas mulheres que fazem aborto”, nas palavras de uma docente da UNB.
Questão de saúde pública todos já sabemos, declarado inclusive pelo próprio Ministro da Saúde. O SUS atende em média 230 mil mulheres por ano devido a complicações de aborto, também sabemos. As mulheres passam pelo aborto em situação de grande sofrimento emocional, geralmente sem apoio do parceiro na gravidez, e são maltratadas no atendimento médico, culpabilizadas de todas as maneiras. Mas a Globo e os valores hipócritas dominantes querem a criminalização das mulheres, por meio das novelas e agora do noticiário. É só acompanharmos os próximos passos.
A matéria foi preparada durante a copa do mundo, mas apenas depois de mostrada, os apresentadores dão as informações recentes. “A Corregedoria da PM do Pará já identificou os policiais que trabalham na clínica”, diz ele. “E a Polícia Civil abriu inquérito para investigar as clínicas”, fecha solenemente o Fantástico, Patrícia Poeta.

O movimento feminista já viu esse mesmo filme. Em 10 de abril de 2007, quando depois de uma matéria global, entrevistando a médica Neide Mota Machado, dona da Clínica Planejamento Familiar, começou um processo de criminalização que chegou a envolver quase 10 mil mulheres, terminando com a condenação de várias delas e o suicído da médica. As feministas denunciam constantemente a mercantilização das mulheres na mídia e agora tem que conviver com a criminalização daquelas que ousam ser autonômas em relação a seu corpo, e que não tem dinheiro suficiente para não correrem risco. Basta de hipocrisia! Basta de privatização da comunicação, queremos liberdade de expressão e justiça!

Terezinha Vicente é jornalista da Ciranda da Informação Independente

Foto e texto publicado originalmente no sítio da Ciranda

Entrevista com Frei Betto

26/07/2010
Entrevista Frei Betto:
"O Brasil se tornou o paraíso do capital especulativo"

Participaram: Gabriela Moncau, Hamilton Octavio de Souza, Lúcia Rodrigues e Tatiana Merlino.

Frade dominicano, jornalista, escritor, autor de 52 livros, Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido como Frei Betto, foi militante contra a ditadura civil-militar, ajudou na fundação da CUT e do PT. Foi assessor da Presidência da República para assuntos sociais, onde coordenou o programa Fome Zero. Nesta entrevista, Betto fala sobre o período em que trabalhou como jornalista, a chegada do PT ao poder, os rumos da esquerda do país e sobre o governo Lula. Para ele, embora o governo atual seja “o melhor da história republicana do Brasil”, o PT e um grupo hegemônico que o comanda “trocaram um projeto de Brasil por um projeto de poder”. Entre as lições que aprendeu no período em que esteve no Planalto, uma delas é que “o governo é que nem feijão, só funciona na panela de pressão”.

Caros Amigos - Hamilton Octavio de Souza - Fale sobre você, onde nasceu, onde estudou, como começou a ter militância?

Frei Betto - Sou mineiro, e como diz o Drummond, a gente sai de Minas, mas Minas não sai da gente. Meu pai era advogado e terminou a sua vida profissional como juiz. Era homem de extrema direita e terminou de extrema esquerda. A única vez que saiu do Brasil foi para ir a Cuba. A minha mãe é uma especialista em culinária, tem oito livros de culinária, entre eles o “Fogão de Lenha, trezentos anos de cozinha mineira”. É considerada a maior especialista nesse tema no Brasil. Éramos oito irmãos; um já faleceu, o mais novo.

Hamilton Octavio de Souza - De que cidade de Minas?

Todos de Belo Horizonte. É um caso raro em uma cidade que tem pouco mais de 100 anos. Meus pais também nasceram em Belo Horizonte. Mais raro ainda: os dois e os oito filhos estudaram no mesmo grupo escolar Barão do Rio Branco, que há pouco fez 90 anos. Tive uma infância extremamente feliz, de moleque de rua, não havia a psicose televisiva. Brincava-se muito na rua, havia muita leitura, porque meu pai tinha duas manias: padaria e livraria. E ele comprava muito mais livros do que tinha tempo para ler, e não havia cômodo na casa para servir exclusivamente de biblioteca. Todos os cômodos, menos o banheiro e a cozinha por razões óbvias, tinham livros. Creio que minha vocação literária tenha a ver com isso. Meus pais escreviam, minha mãe na culinária e ele cronista dos principais jornais de Belo Horizonte durante mais de quarenta anos. Bem, depois, com treze anos, entrei na militância estudantil através da Juventude Estudantil Católica, a JEC.
Tatiana Merlino - Em que ano foi isso?

Em 1959. Na mesma época entrou o Henriquinho, que o Brasil conhece como Henfil. Nós dois éramos considerados muito crianças para pertencer à JEC. E esse desafio nos levou a nos firmar como militantes. Claro que o Henfil entrou por influência do Betinho, um dos fundadores da JEC de Belo Horizonte e depois foi para a Juventude Universitária Católica (JUC). E através da JEC é que eu comecei precocemente a ler muito filosofia, teologia e literatura. A primeira vez que eu enfrentei a repressão foi no dia 25 de agosto de 61, quando o Jânio Quadros renunciou à presidência. Depois, com 17 anos, fui indicado para a presidência da JEC. Então, me mudei para o Rio, onde fiquei de 62 a 64 numa república de estudantes, onde moravam doze rapazes e recebíamos mais uns 20 por mês que vinham de outros Estados para a UNE, ntre eles o Betinho e o Zé Serra. Nesses três anos eu percorri o Brasil todo duas vezes, articulando o movimento. Em 64 entrei na faculdade de jornalismo. Vocês vão morrer de inveja: meus professores eram o Tristão de Ataíde, Hermes Lima, Barbosa Lima Sobrinho, Danton Jobim.

Hamilton Octavio de Souza - Qual a faculdade?
Chamava Universidade do Brasil, depois acabou. Tinha grandes figuras da história do jornalismo brasileiro. Para contrabalançar, tinha o Hélio Viana, de extrema direita e cunhado do general Castelo Branco. Em junho de 64 eu estava na faculdade lá no Rio e fui preso pela primeira vez quando houve o arrastão da Ação Popular. Fiquei 15 dias preso, confundido com o Betinho, por conta dessa coisa de Beto, de JEC e JUC de Belo Horizonte. Eles estavam atrás do Betinho, que foi o grande fundador, a grande figura da Ação Popular, que depois conseguiu sair do país. Daí surgiu aquela dúvida: será que Deus quer que eu seja religioso? Crise vocacional forte. E convencido de que eu não tinha vocação, decidi entrar nos dominicanos em 65, porque não queria chegar aos 40 anos, olhar para trás e falar: “Ih! Acho que eu errei de caminho”... Mas eu queria tirar a limpo, ver no que vai dar. Entrei e isso já são quarenta e cinco anos.

Hamilton Octavio de Souza - Era um seminário?

Não, porque eu já tinha vinte anos. Os dominicanos no Brasil não têm seminário. Só aceitam quem terminou o ensino médio completo ou está na universidade. Que é melhor porque a pessoa é mais lúcida, essa ideia de seminário eu acho muito antipedagógico, é até desumano você colocar uma criança de 13, 14 anos no seminário. Eu acho que é por isso que tem tanto problema de pedofilia, de violência sexual. O cara vive naquela redoma patriarcal, machista e onde a sexualidade é sempre considerada pecado, enfim... Mas aí entrei nos dominicanos em Belo Horizonte. Em 66, eu vim para São Paulo para fazer filosofia, fiquei aqui de 66 a 69, aí aconteceram muitas coisas.

Hamilton Octavio de Souza - Você trabalhou na Folha, não é?

Trabalhei primeiro na revista Realidade. De lá, fui para a Folha da Tarde, que foi refundada com Jorge de Miranda Jordão. E lá fiz de tudo, desde geral até editoria de polícia. Cobri muito movimento estudantil e depois fui chefe de reportagem, e fui assistente do Zé Celso na montagem do Rei da Vela. Fui colega do Merlino, na Folha da Tarde. Além disso, eu estudava Filosofia de manhã e à noite fazia o curso de antropologia na Maria Antonia. Em 69 houve o AI-5, eu já estava bastante pressionado pela repressão. No início de 69, eu decido ir para o Rio Grande do Sul, porque o cerco estava se fechando, meu projeto era passar um tempo fora do Brasil, iria para a Alemanha estudar teologia. Fui para São Leopoldo, onde tinha um seminário de jesuítas, muito bom, e aí o Marighella me pediu para montar um esquema de fazer sair gente pela fronteira Sul com a Argentina e Uruguai. Um mês antes de eu ir para a Alemanha, os dominicanos, aqui em São Paulo são presos. Afinal, sou cercado no Rio Grande do Sul, consigo fugir uma semana, fui preso, caí numa cilada. Fiquei quatro anos preso, em São Paulo, só fiquei um mês preso em Porto Alegre, depois vim para cá. Foram dois anos como preso político e dois anos como preso comum, caso raro.

Hamilton Octavio de Souza - Foi na Tiradentes?
Foram oito prisões diferentes, a Tiradentes foi uma. Descrevo em detalhes num livro lançado no ano passado, que ficou quarenta anos guardado, chama Diário de Fernando, da Rocco. É um diário que foi do Fernando, um amigo meu, e a gente levou quarenta anos para publicar.

Lúcia Rodrigues - Por que levou todo esse tempo?

Primeiro, o Fernando não é jornalista nem historiador, mas teve o cuidado de anotar em papel celofane que saía dentro de canetas na visita. O frade levava uma caneta exatamente igual à que ele tinha e no meio da conversa trocava a caneta. Dentro vinha um celofane, depois se desmontava. Então, nos papéis, tinha coisas assim: “Paulinho foi para o Doi-Codi”. Ora, que Paulinho? Que data? Que aconteceu? O Fernando queria fazer o diário, mas não era do ramo, nem historiador e nem jornalista; depois de muitos nos ele falou: “Não Betto, você faz”. Aí teve toda uma pesquisa para decifrar cada papelzinho daquele, foi tudo computadorizado, teve até que ler com lente, porque ele mesmo às vezes não entendia, não lembrava a anotação. Nos últimos anos, de 2006 a 2009 me dediquei quase que exclusivamente a esse livro. Ele descreve os que a gente ficou como, primeiro, preso político, depois comum. Fomos condenados a quatro anos, e o recurso osso no Supremo Tribunal Federal foi julgado, e reduziram a nossa pena de quatro para dois anos quando nós completávamos os quatro anos. Eu brinco que a gente tem um crédito com a liberdade de dois anos.

Tatiana Merlino - O senhor pediu indenização para o Estado brasileiro?

Respeito muito quem pediu, mas nunca pedi. Primeiro porque não quero transformar uma questão política em uma questão financeira. Acho que não há dinheiro que pague o que sofri. Depois, porque embora tenha muita gente que eu respeite e por quem até lutei para que merecessem a indenização, acho que tem muita gente que foi com sede no pote de ouro, gente que recebeu indenizações milionárias e foi interrogado, esteve uma semana preso, enfim. Acho que virou uma certa farra esse negócio, então preferi não pedir. Em terceiro, porque eu não preciso do dinheiro do governo, eu consigo sobreviver do meu trabalho. Isso é dinheiro público, se fosse do bolso dos generais eu até aceitaria, iria reivindicar, mas não, e não quero usar em benefício pessoal.
Tatiana Merlino - Essa não foi uma maneira do Estado brasileiro reconhecer que essas pessoas foram realmente presas e torturadas?

Haveria outras maneiras. Por exemplo, o Estado até hoje não pediu perdão à nação pelo erro que ele cometeu. Essa é uma das dívidas, inclusive o governo Lula, que devia pedir perdão, em nome do Estado, assim como o papa pediu perdão à humanidade pela condenação de Galileu e agora de Copérnico.

Lúcia Rodrigues - Mas no governo Lula, nesse caso recente do STF e da OAB, mais uma vez manteve a impunidade aos torturadores.

Eu gostaria inclusive que abrissem os arquivos das Forças Armadas, continuo lutando por isso. Fiquei perplexo e horrorizado com a decisão do STF, porque não só é uma forma de absolvição legal de crimes hediondos, de lesa-humanidade, imprescritíveis, inclusive pela legislação dos tratados internacionais firmados pelo Brasil. Também é uma forma de abonar a tortura que continua nas delegacias praticada pelos policiais civis e militares Brasil afora. Enquanto eu viver lutarei para reverter essa situação. Tenho dedicado minha obra literária à memória desses anos de chumbo. São vários livros, o Cartas da Prisão, Batismo de Sangue, Dia de Anjo, Canto na Fogueira, que fiz com Frei Fernando e Frei Ivo, e agora o Diário de Fernando. Esqueci algum? Acho que não. As Catapuntas, que é o Cartas na Prisão, enfim. Assim como 60 anos depois a memória do sofrimento dos judeus por causa do nazismo continua viva, daqui a duzentos anos a memória do sofrimento das vítimas da ditadura militar também estará. Quer dizer, é um equívoco do STF, do governo, dos militares pensar que essa memória se apaga.

Hamilton Octavio de Souza - Quando você saiu da prisão, o que fez?

Saí no fim de 73.

Tatiana Merlino - Poderia falar sobre o período que ficou em São Paulo militando e trabalhando como jornalista?
Congresso da UNE é um bom exemplo. Quem conseguiu o local do Congresso foi o Frei Tito, lá em Ibiúna, um sítio, por isso que ele foi tão barbarizado na tortura a ponto de ser levado à morte. Eu conhecia o local e armei um esquema com o pessoal da ALN e com o Frei Tito de que qualquer sinal que a repressão tivesse notícia do local do Congresso, esse sinal viria através dos setoristas do jornal. Naquela época nós já tínhamos os setoristas no Dops, no exército e etc. Eu daria um aviso para que eles pudessem se safar. E, de fato, o setorista do Dops chegou na redação e disse: “tão falando lá no Dops que tem um pessoal que estaria reunido lá pelo lado de Ibiúna e tão querendo investigar e tal.” Aí eu chamei o repórter Rogério e disse: “Você vai agora avisar a direção que a polícia está indo para lá”. O Rogério foi, mas cometi um grande equívoco. Não me passou pela cabeça que o carro da Folha, com a sua logomarca na lataria, iria ser hostilizado pela segurança do Congresso. Resultado: o Zé Dirceu me disse depois que a notícia chegou à direção do Congresso, que eles podiam ter se safado, mas surgiu um problema de consciência: “e esses mil companheiros e companheiras que estão aqui?” Aí decidiram esperar, e deu no que deu, foram todos presos. Muitas vezes eu sabia de ações revolucionárias antecipadamente e armava o jornal para isso, por isso que a Folha da Tarde era quem melhor cobria a esquerda na época. Bem, voltando ao período da saída da prisão, no fim de 73, e com muita pressão da família, da Igreja e da repressão para ir para fora do Brasil, me veio uma questão de consciência: “quando vou voltar? Quero lutar no Brasil, não se muda um país estando fora dele”. Por outro lado, “esses caras já me fizeram ficar preso o dobro do que eu merecia segundo eles. Não vou embora não, vou ficar aqui”. Então decidi ir para Vitória, que naquela época era uma cidade politicamente mais calma. Fui morar na favela de Santa Maria. Comprei um barraco lá, que está tombado, física e emocionalmente tombado. Lá mora uma amiga, a quem eu “vendi” por 50 reais com o acerto de que o dia que ela sair de lá eu tenho que ser a primeira pessoa a quem ela vai oferecer o barraco.

Para ler a entrevista completa e outras matérias confira a edição de julho da revista Caros Amigos, já nas bancas, ou clique aqui e compre a versão digital da Caros Amigos.

Leia a entrevista com o escritor e poeta Rubem Alves

Leia a entrevista com o escritor e poeta Rubem Alves
Nascido no sul de Minas, em Boa Esperança, mais que um poeta, teólogo, filósofo e psicanalista, Rubem Alves é um ser iluminado. Sua obra já insinuava isso, mas foi durante a entrevista concedida a equipe de Website da FCS que isto ficou de fato desvendado. No bate papo, o homem de luz falou sobre seu amor pela vida e sobre seu processo de criação literária. E com um largo sorriso no rosto deixou claro que sua preferência por esse ou aquele gênero literário vai depender do momento em que está vivendo.

Por: Yany Mabel
1) Um dos temas que conduziu sua conversa com o público no Projeto Sempre Um Papo (15 de abril) foi Encantamentos: os feitiços da leitura e da poesia. Pra você, quais são esses encantamentos? O que na literatura te deixa mais enfeitiçado?
A literatura tem um poder feiticeiro de produzir transformações na vida da gente. Quando você ouve uma estória você chora, você ri, você estremece. No universo não existe feitiçaria, a feitiçaria só existe, só funciona com os seres humanos, com o corpo humano que é o único lugar feiticeiro do universo. Então o objetivo da literatura é fazer a gente decolar da realidade pra ficar numa certa altura, num êxtase, ai então você olha pra baixo e vê a realidade sob uma nova luz. Você percebe coisas que normalmente você não perceberia.
2) O sapo que queria ser príncipe é um livro de memórias, que você escreveu sobre sua experiência com a pobreza, com a miséria. E a obra Sobre Reis, Ratos, Urubus e Pássaros, este enredo foi baseado em alguma estória que de fato aconteceu? Fale um pouco sobre a produção deste seu novo livro infantil...
A produção de estórias nunca é planejada, eu não resolvo assim: vou escrever um livro sobre um rei, um queijo e um rato, não existe isso. Repentinamente a coisa aparece na cabeça da gente. Então o que se tem a fazer é simplesmente pegar essas idéias. O processo de produção é você ficar solto, é esperar, não tem jeito de você programar, não existe um método e nem teoria para você ter boas idéias. A estória simplesmente aparece e você pega a idéia do jeito que ela vem. E a partir daí você pode aparar as arrestas e organizar, isso você pode fazer.
3) Foi inventando estórias que contava para sua filha (Raquel), que descobriu que podia escrever estórias para crianças. Essa lembrança que você trás da sua vida pessoal te faz ter preferência por escrever livros de caráter infantil?
Não, não tenho preferência, quer dizer, depende da hora. Quando você vai para uma mesa e vai comer, uma hora você quer tomar sopa, outra hora você quer comer picanha e outra hora você quer comer risoto. Qual é sua preferência? Varia, tudo depende da hora, depende da idéia. E quando a idéia aparece você fica apaixonado por ela... É como perguntar por qual mulher você é apaixonado. Depende, pode estar apaixonado por essa, por aquela, por aquela outra... A mesma coisa acontece com as estórias. Tudo vai depender de como vai estar meu coração naquele momento e isso eu não posso determinar.
4) Na parte de brinquedoteca, espaço especial na Casa de Ruben Alves, você fala sobre sua infância e da importância de criar seus próprios brinquedos, assim como você fez em toda sua vida e ainda alerta: “Cuidado com os brinquedos comprado prontos: eles podem emburrecer”! Relacionando sua meninice com seu trabalho enquanto poeta, queria saber se o ato de escrever para você é encarado como uma gostosa brincadeira ou se você interpreta esse ofício como uma brincadeira mais séria. Cada livro seria como um novo brinquedo que você cria?
É um brinquedo sim, pensar é brincar com as palavras, não pensar cientificamente, cientificamente você é sério e as palavras não brincam, elas marcham. Já quando você está escrevendo literatura repentinamente as palavras aparecem e elas se parecem alteradas. Então você vai brincando com as palavras. E quando você descobre um jeito novo de dizer uma coisa... Aquilo é uma grande felicidade. Na verdade cada texto que eu escrevo é para mim uma espécie de brinquedo. Mas, não é sempre assim, há certas situações que a gente está sem inspiração e tem que escrever mesmo sem querer. Isso porque eu tenho obrigação de escrever para jornais e revistas. Eu tenho que escrever tendo inspiração ou não. Isso é uma coisa ruim. A literatura verdadeira dá prazer pra gente, quando a gente termina da uma sensação gostosa. Esses dias eu inventei, descobri uma palavra. Estou escrevendo sobre casas, e estou dizendo que as casas têm lugares para esquecer coisas, tem esquecedouros. Você coloca algumas coisas lá e se esquece delas completamente. Essa idéia de ter esquecedouros eu nunca tinha visto em lugar nenhum. Como também tem os lembradouros. Por exemplo, eu olho pra um determinado quadro e me lembro de alguma coisa. A partir daí, a casa não é apenas um lugar para você ficar, é um lugar para você brincar com as lembranças e esquecimento.
5) Além de filósofo e psicanalista, você é Mestre em Teologia e esta foi sua primeira formação acadêmica. O interesse por esses estudos veio a partir de seu contato com a biografia de Albert Schweitzer (escritor e teólogo, especialista na vida de Cristo), por causa dele você até foi pastor protestante. E na literatura? Qual foi sua grande referencia? Existe um nome específico que te inspirou, ou te estimulou a escrever?
Vou dizer dois nomes que não são da literatura brasileira, quando eu comecei minha grande inspiração literária foi Nietzsche, porque ele escreve poeticamente, tudo o que ele escreve é poesia. Por isso pra você traduzir Niet, não basta você saber as palavras, você tem que saber a música. O outro escritor que me instigou foi muito influenciado por Niet, é o Albert Camus. Depois vieram as influências brasileiras, tenho que falar de Machado de Assis, de Guimarães Rosa, Mário Quintana e Adélia Prado.
6) Quando jovem, Albert Camus (escritor e filosofo francês) disse que sonhava com um dia em que escreveria simplesmente o que lhe desse na cabeça. E assim como ele, você disse estar tentando se aperfeiçoar nessa arte, embora ainda se sinta amarrado por antigas mortalhas acadêmicas e logo depois faz ligação com o Nietzsche, dizendo que se sente como ele, que dizia haver abandonado todas as ilusões de verdade. De que forma isso influenciou, ou ainda influência sua vida?
Nos dias de hoje você acredita já ter abandonado todas suas ilusões em relação à verdade? Eu não tenho verdade. Quando falo ter a verdade é você ter capturado alguma coisa. E eu, na minha vida, desde adolescente, capturei tantas verdades que você nem pode imaginar quantas, só pra depois descobrir que aquilo não era verdade coisa nenhuma, que aquilo era fantasia, que aquilo era um equivoco. A minha vida é um constante, você vai pegar alguma coisa e aquela coisa se esfumaça e novamente você pega outra coisa. Por exemplo, a grande verdade que eu tinha era Deus, a Bíblia. Hoje eu leio a bíblia como literatura, não é mais a verdade, é literatura, tem coisas interessantes, edificantes e coisas absolutamente horrosas. Eu não tenho verdade alguma, a única verdade que eu tenho... É o amor que eu sinto pela vida.

As Vesperatas de Diamantina

As Vesperatas de Diamantina


Famosa dentro e fora do estado, a maior manifestação musical de Diamantina cria uma nostalgia festiva nas ruas do Centro Histórico. Em dois sábados por mês, de março a outubro, bandas e músicos locais sobem as sacadas dos casarões para apresentar músicas do cancioneiro popular, de Peixe Vivo a sucessos de Roberto Carlos. Os maestros ficam embaixo, perto do público, que lota as mesas e se acotovela na pequena ladeira da rua da Quitanda. Para conseguir uma mesa, ligue bem antes para os hotéis da cidade, responsáveis pela divisão das reservas (Secretaria de Turismo, 3531-9532).

As Vesperatas acontecem sempre aos sábados:


Datas Programadas: MARÇO => De 26/03 a 28/03

ABRIL => De 16/04 a 18/04De 21/04 a 25/04

MAIO => De 21/05 a 23/05 De 28/05 a 30/05

JUNHO => De 11/06 a 13/06De 25/06 a 27/06

JULHO => De 02/07 a 04/07

AGOSTO => De 06/08 a 08/08De 27/08 a 29/08

SETEMBRO => De 03/09 a 07/09De 24/09 a 26/09

OUTUBRO => De 15/10 a 17/10De 29/10 a 31/10

Matéria da Folha de S. Paulo desrespeita direitos humanos

 Criança e Adolescente: Prioridade no Parlamento


Matéria da Folha de S. Paulo desrespeita direitos humanos

O Jornal Folha de S. Paulo publicou, no último dia 05, matéria intitulada “Vida em looping”, elaborada pela jornalista Eliane Trindade. O texto trata do caso da jovem de 15 anos que teve todos os seus direitos violados no ano de 2007, quando foi presa ilegalmente em uma cela de delegacia com 26 homens por mais de 20 dias. O caso acorreu no município de Abaetetuba-PA, em 2007 e teve repercussões nacional e internacional.
Depois do acontecimento se tornar conhecido pela sociedade, a adolescente passou a ser ameaçada de morte por autoridade no Estado do Pará. Por esse motivo, ela começou a fazer parte do  Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçados de Morte – PPCAAM.
A notícia causou descontentamento de algumas das principais instituições que defendem os direitos da criança e do adolescente no país.  É consenso entre as entidades que a  matéria traz dados que facilitam a identificação da jovem e oferece pistas de sua localização. O que pode oportunizar o encontro da adolescente por aqueles que a ameaçam de morte.
Em nota pública, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, lamentou pela publicação “A jovem é exposta no texto não como se não fosse vítima e sim algoz de seu próprio destino”, afirma a Secretaria. Veja a nota pública na íntegra.
Para o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), “a matéria é leviana e preconceituosa. Fica explícito no texto um olhar de uma pessoa de classe média, que julga e culpabiliza uma menina que teve todos os seus direitos humanos profundamente violados ao longo de sua vida, pelo Estado, pela sociedade e por sua família. A matéria parece um julgamento de classe, onde se julga a pobreza, se criminaliza a infância abandonada e coloca a adolescente como a única responsável pelo rumo que a sua vida tomou.
Outra entidade que manifestou repúdio à matéria foi a "A Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – ANCED. Em nota, a Associação publicou que “a matéria trata, de forma extremamente preconceituosa e machista” o caso da menina. A ANCED também defende que os meios de comunicação devem assumir o compromisso com a promoção dos direitos humanos. “No entanto o conteúdo da matéria contribui para a construção de uma imagem social de estigmatização e criminalização da pobreza e da juventude” (diz o texto da nota). Clique aqui e veja o texto da ANCED...
A Agência de Notícias dos Direitos da Infância – ANDI se pronunciou e lamentou por a Folha de S.Paulo ter publicado “com destaque de capa uma matéria com problemas tão evidentes”. E aponta mais um problema jornalístico no texto pois ele “não garante espaço, uma única vez, à opinião de especialistas no tema da justiça juvenil (psicólogos, assistentes sociais ou gestores públicos responsáveis pelo caso, por exemplo)”. Veja a nota da ANDI....
Por fim, o Inesc também chama a atenção para a atuação da imprensa. É lamentável que os meios de comunicação e profissionais de jornalismo continuem desrespeitando os direitos humanos, expondo uma vítima de nossa sociedade desigual e violenta de forma grosseira e parcial.




Fonte: http://www.criancanoparlamento.org.br/


 

Arleno Farias toda terça no Butecando




Jazz Festival Brasil

Palácio das Artes
Jazz Festival Brasil | 19 a 22 de agosto
Grande Teatro

Com sua primeira edição realizada em 2001, o Jazz Festival Brasil já percorreu 11 cidades e passou por quatro regiões do país. Ao todo, foram mais de 30 atrações internacionais, 100 apresentações, público de 50 mil pessoas e 10 instituições e projetos sociais beneficiados. Entre os dias 19 e 22 de agosto o palco do Grande Teatro recebe grandes músicos expoentes nacionais e internacionais para a edição de 2010.

No mesmo período, no Foyer do Grande Teatro, haverá uma exposição de fotos das edições passadas, com visitação apenas nos horários dos espetáculos para o respectivo público.

Programação

19.08 - The Perfect Gentlemen e Sweet System
20.08 - Tricia Boutté & New Orleans Band e Gary Brown
21.08 - Ray Gelato & Giants
22.08 - Daniel Boaventura & Jazz Festival Brasil Band

*Ingressos à venda.


Serviço

Evento: Jazz Festival Brasil
Data: 19 a 22 de agosto
Horário: 21h, dia 22.08 às 11h
Local: Grande Teatro
Valor: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (*meia-entrada)
Classificação: livre
Duração: 2h
Informações: (31) 3236-7400


------------------------------------------------------------
*Atenção

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, conforme a lei.
Acatando a recomendação do Ministério Público, por meio, das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Promotoria e Justiça de Defesa do Consumidor e PROCOM–MG, em conjunto, o valor da meia–entrada estudantil é válido para estudantes regularmente matriculados na rede oficial de ensino, público ou particular de 1º, 2º e 3º graus, compreendendo os alunos de pós–graduação, mestrado, doutorado e aqueles matriculados em cursos pré–vestibulares previamente credenciados junto à UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE/MG (União Estadual dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) ou UCMG (União Colegial de Minas Gerais).

Será exigida a identificação no ato da compra e na entrada do evento por meio da apresentação de identificação estudantil (carteira de estudante) e comprovante de matrícula na rede oficial de ensino, público ou particular, no ano corrente.

FIT 2010 - Happy Days

Palácio das Artes
FIT 2010 - Happy Days | 14 e 15 de agosto
Grande Teatro

*Em breve mais informações

As vendas estão sendo realizadas nos postos autorizados, pelo site do festival e no dia do espetáculo em estande montado, 2h antes do início, no Palácio das Artes.

*Ingressos à venda

*Clique aqui e veja a disponibilidade de ingressos.

Serviço
Evento:
FIT 2010 – Happy Days
Data: 14 e 15 de agosto
Horário: sab. ás 21h30 e dom. ás 21h
Local: Grande Teatro
Valor: R$24,00 (inteira), R$12,00 (*meia-entrada)
Classificação etária: 14 anos
Duração: 1h50
Informações: (31) 3236-7400

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*Atenção

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, conforme a lei.
Acatando a recomendação do Ministério Público, por meio, das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Promotoria e Justiça de Defesa do Consumidor e PROCOM–MG, em conjunto, o valor da meia–entrada estudantil é válido para estudantes regularmente matriculados na rede oficial de ensino, público ou particular de 1º, 2º e 3º graus, compreendendo os alunos de pós–graduação, mestrado, doutorado e aqueles matriculados em cursos pré–vestibulares previamente credenciados junto à UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE/MG (União Estadual dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) ou UCMG (União Colegial de Minas Gerais).

Será exigida a identificação no ato da compra e na entrada do evento por meio da apresentação de identificação estudantil (carteira de estudante) e comprovante de matrícula na rede oficial de ensino, público ou particular, no ano corrente.

Show Ramo e Água Viva

Palácio das Artes
Show Ramo e Água Viva | 13 de agosto
Sala Juvenal Dias


Foto: divulgação
Criado em 2006, o  grupo hepteto utiliza uma linguagem em que diversos elementos da música brasileira e de seus compositores se relacionam de forma inovadora, além de possuir influência da liberdade da improvisação do jazz. Os músicos do Água Viva receberam o Prêmio Tápias de Música em 2007 pelas composições e performance musical, e seu pianista, João Bittencourt, o de melhor instrumentista. Em 2008 foram convidados para participar como grupo representante brasileiro do Festival de La Musica, em La Plata, Argentina.


*Ingressos à venda


Serviço: show Ramo e Água Viva
Local: Juvenal Dias
Horário: 20h30
Data: 13 de agosto
Valor: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (*meia-entrada)
Informações: 31-32367400

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*Atenção

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, conforme a lei.
Acatando a recomendação do Ministério Público, por meio, das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Promotoria e Justiça de Defesa do Consumidor e PROCON–MG, em conjunto, o valor da meia–entrada estudantil é válido para estudantes regularmente matriculados na rede oficial de ensino, público ou particular de 1º, 2º e 3º graus, compreendendo os alunos de pós–graduação, mestrado, doutorado e aqueles matriculados em cursos pré–vestibulares previamente credenciados junto à UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE/MG (União Estadual dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) ou UCMG (União Colegial de Minas Gerais).

Será exigida a identificação no ato da compra e na entrada do evento por meio da apresentação de identificação estudantil (carteira de estudante) e comprovante de matrícula na rede oficial de ensino, público ou particular, no ano corrente.

Música para as Montanhas

Palácio das Artes

Música para as Montanhas
03 de maio

Os artistas mineiros Flávio Venturini, Túlio Mourão, Flávio Henrique, Maria Bragança, Kadu Viana, Mariana Nunes e Titane, a fotógrafa Ilana Lansky e o artista plástico Mário Vale encabeçam importante movimento para salvar a Serra da Calçada.

No dia 3 de maio, segunda-feira, no Grande Teatro do Palácio das Artes, os artistas estarão reunidos no show Música Para as Montanhas, que irá fortalecer o movimento em favor a proteção da Serra da Calçada, que está sendo ameaçada.

Na abertura do show haverá participação especial do grupo Sorriso Negro formado por percussionistas, cantores e bailarinos Quilombolas da região do entorno da Serra.

Local: Grande Teatro
Data: 03 de maio, segunda-feira
Horário: 20h30
Valor: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada*)
Duração: 1h30
Classificação: Livre
Balcão de informações: (31) 3236-7400


“Triste Horizonte”, o poema de Carlos Drummond de Andrade provocou grande impacto na década de 70, emocionou e sensibilizou a população para a degradação ambiental que estava acontecendo nas serras que circundam Belo Horizonte. Este único poema fez mais pela expansão da consciência ecológica do que muitos estudos técnicos e científicos aprofundados, porém dotados de menor poder de comunicação.

As artes - música, dança, teatro e poesia, por ter uma linguagem direta e de fácil assimilação pelas pessoas, sempre foram utilizadas para a educação e conscientização ambiental. Na cultura, são inúmeros os exemplos onde o artista, coloca sua voz, criatividade e poder de comunicação à serviço do meio ambiente, da paz, de causas sociais generosas - voltadas para o bem estar social.

A partir daí, surgiu à idéia de realizar no Palácio das Artes, este encontro com os artistas; Flávio Venturini, Túlio Mourão, Flávio Henrique, Maria Bragança, Kadu Viana, Mariana Nunes e Titane, para fazerem um show que será um pedido de socorro em busca da proteção para a Serra da Calçada.

Serra da Calçada - Cartão postal de Minas Gerais. Próximo a BH, está localizado na divida dos municípios de Nova Lima e Brumadinho; Zona de amortecimento do Parque do Rola Moça / Minas Gerais. Faz parte da área de Preservação Ambiental sul da Região Metropolitana de BH (APA SUL).

É divisor de águas das Bacias Hidrográficas do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba, é reserva da Biosfera pela UNESCO e Hot Spot Mundial UNESCO.

O projeto, Música para as Montanhas, pretende realizar duas edições por ano, no qual reunirão artistas de grande expressividade em prol da proteção de áreas relevantes para saúde ambiental do planeta.

FIT 2010 - Dona Otília e outras histórias

Palácio das Artes
FIT 2010 - Dona Otília e outras histórias | 09 a 11 de agosto
Teatro João Ceschiatti

“Dona Otília e outras histórias” é composto por três textos curtos, “Dona Otília lamenta muito”, “A florista e o visitante” e “Dá licença, por favor?”, assinados pela autora gaúcha Vera Karam e dirigido por Gilberto Gawronski. Com uma pitada de humor negro e utilizando a ironia como matéria-prima, o texto que fala sobre a solidão, a ótica feminina e temas ligados à condição social, o espetáculo flerta com o teatro do absurdo, o melodrama e a comédia, além de explorar as nuances do jogo de cena.

As vendas estão sendo realizadas nos postos autorizados, pelo site do festival e no dia do espetáculo em estande montado, 2h antes do início, no Palácio das Artes.

*Ingressos à venda.


Serviço
Evento:
FIT 2010 – Dona Otília e outras histórias
Data: 09 a 11 de agosto
Horário: segunda às 21h, terça ás 19h30 e quarta ás 19h30
Local: teatro João Ceschiatti
Valor: R$24,00 (inteira), R$12,00 (*meia-entrada)
Classificação etária: livre
Informações: (31) 3236-7400

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*Atenção

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, conforme a lei.
Acatando a recomendação do Ministério Público, por meio, das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Promotoria e Justiça de Defesa do Consumidor e PROCOM–MG, em conjunto, o valor da meia–entrada estudantil é válido para estudantes regularmente matriculados na rede oficial de ensino, público ou particular de 1º, 2º e 3º graus, compreendendo os alunos de pós–graduação, mestrado, doutorado e aqueles matriculados em cursos pré–vestibulares previamente credenciados junto à UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE/MG (União Estadual dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) ou UCMG (União Colegial de Minas Gerais).

Será exigida a identificação no ato da compra e na entrada do evento por meio da apresentação de identificação estudantil (carteira de estudante) e comprovante de matrícula na rede oficial de ensino, público ou particular, no ano corrente.

Adriano Bitarães homenageia Carlos Drummond de Andrade

Palácio das Artes
Terças Poéticas | 17 de agosto
Jardins Internos

Serviço
Evento:
Terças Poéticas – Adriano Bitarães  homenageia Carlos Drummond de Andrade
Data:
17 de agosto
Horário:
18h30
Local:
Jardins Internos do Palácio das Artes 
Entrada franca
Classificação etária:
livre
Informações:
(31) 3236-7400

Mostra Clássicos Africanos Restaurados

O Cine Humberto Mauro apresenta a mostra Clássicos Africanos Restaurados com filmes que abordam temáticas relacionadas à África e sua diáspora,  considerados clássicos de uma cinematografia ainda desconhecida do grande público.

No início do processo de independência da maioria dos países africanos, o cinema teve importante papel e atuou como peça-chave no estímulo à formação, conscientização e, principalmente, à marcha rumo à liberdade de diversos povos oprimidos. A mostra procura oferecer um painel abrangente desse cinema, exibindo curtas e longas metragens de diversos períodos (de 1957 a 1997) e diversos países, como o Mali, Madagascar, Senegal e Nigéria.

16 SEG
17h Curtas I -clique e confira as sinopses (38Kb.pdf)
19h CINECLUBE CURTA CIRCUITO
21h O Sol

17 TER
17h Curtas II -clique e confira as sinopses (35,6Kb.pdf)
19h CINE ABERTO – Filme de Amor
20h30 Sessão anterior comentada por Guilherme Vaz

18 QUA
17h Bako, a Outra Margem
19h30 MOSTRA VÍDEO ITAÚ CULTURAL
21h Safrana, ou o Direito à Palavra

19 QUI
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA: Zabriskie Point
19h Fad, Jal
21h Jom ou a História de um Povo

20 SEX
17h Os Combatentes Africanos da Grande Guerra
19h Tabataba
21h Finzan

21 SAB
16h Taafe Fanga, Poder de Saia
18h Bako, a Outra Margem
20h Curtas III - clique e confira as sinopses (35,5Kb.pdf)

22 DOM
16h Curtas IV - clique e confira as sinopses (37,6Kb.pdf)
18h Jom ou a História de um Povo + Paris é Bonita
20h Os Combatentes Africanos da Grande Guerra

23 SEG
17h Finzan
19h CINECLUBE CURTA CIRCUITO

24 TER
17h Tabataba
19h Taafe Fanga, Poder de Saia
21h Fad, Jal

CLÁSSICOS AFRICANOS RESTAURADOS: ENTRADA FRANCA COM RETIRADA DE INGRESSOS MEIA HORA ANTES DA SESSÃO.

Serviço:
Evento:
Mostra Clássicos Africanos Restaurados
Local: Cinema Humberto Mauro
Data: 16 a 24 de agosto
Entrada franca
Informações:
3236-7400