"Sei o que vão dizer: a burocracia, o trânsito, os salários, a polícia, as injustiças, a corrupção e o governo não nos deixam ser delicados. - E eu não sei? Mas de novo vos digo: sejamos delicados. E, se necessário for, cruelmente delicados." Afonso Romano de Sant'Anna

"... acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética afetuosa e participante." Cecília Meireles

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Passos de felicidade


Em mim, uma felicidade desapontada caminhava em busca de algo que lhe fizesse sentir a si. Tudo estranho na cidade do meu coração. Um peito de repente despovoado. Uma grande fuga se sucedeu ali, no mundo onde me tornei um Deus solitário sem saber tratar a natureza desses sentimentos forasteiros que residem em minha existência. Guerra declarada da dor, capitã daquela nau de anseios perdidos, versus uma felicidade atrevida por afrontar a amargura sem esquadrão para vencer aquela poderosa agonia que domava meu íntimo. Eu, durante meu cotidiano apenas assistia enxovalhado na cama pela angustia, sem saber como amparar aquilo que era só meu.

Caio Sóh

2 comentários:

Danielle Martins disse...

amparar o que é nosso... ainda há muito pra aprender. Lindo texto!

http://olhosdocoracao-danielle.blogspot.com/

TEREZA QOSQO disse...

Descobri esse autor, Caio Sóh, há pouquíssimo tempo. Estou apaixonada por ele! O cara é um guru da poesia! Consegue atingir o íntimo do meu íntimo.
Um abraço!