ANOITECER EM OUTUBRO
Ferreira Gullar
A noite cai, chove manso lá fora
meu gato dorme
enrodilhado
na cadeira
Num dia qualquer
não existirá mais
nenhum de nós dois
para ouvir
nesta sala
a chuva que eventualmente caia
sobre as calçadas da rua Duvivier
GULLAR, Ferreira. Em alguma parte alguma. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p. 65.
Um comentário:
No meu anoitecer de outubro não tem chuva, apenas um lusco-fusco...
Que lindo poema para um anoitecer!
Bjs*
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